Debates urgentes sobre problemas brasileiros

Debates urgentes, fundamentais para a compreensão dos problemas brasileiros, com enfoques quase sempre invisibilizados. Essa é a proposta da Coleção Emergências, uma iniciativa da Fundação Rosa Luxemburgo e da Editora Expressão Popular.
16/04/2020
por
FRL

Debates urgentes, fundamentais para a compreensão dos problemas brasileiros, com enfoques quase sempre invisibilizados. Essa é a proposta da Coleção Emergências, uma iniciativa da Fundação Rosa Luxemburgo e da Editora Expressão Popular.

Há um volume gigantesco de dados e notícias em circulação que nos traz uma falsa ideia de acesso aos temas que pautam a vida política do país. Mas boa parte deste conteúdo é produzido e veiculado pelos donos do poder econômico, que elegem o que deve ser visto e informado de acordo com seus interesses. Por isso, é essencial ampliarmos as maneiras de enfrentar esse ponto de vista único e pautar, com profundidade, temas de relevância para o povo brasileiro.

Nossa Coleção se propõe a discutir questões cruciais para o Brasil a partir de perspectivas pouco divulgadas nos meios de comunicação comerciais. Cada obra não pretende ser a última palavra sobre o tema, mas o ponto de partida para estimular debates e novas leituras. Só entendendo nossa realidade iremos transformá-la. Daí Emergências.

Emergências porque é preciso refletir sobre o mundo que vivemos. Já não temos condições de ignorar a gravidade das crises econômica, social, ambiental, política. Emergências porque já não se pode mais insistir em velhas respostas.

Emergências porque não podemos mais esperar.

O colapso da democracia no Brasil

Se a constituição de 1988 fracassou em sua ambição de consolidar a democracia e o bem-estar social para a maioria dos brasileiros, o Golpe contra Dilma Rousseff coloca um ponto final na fantasia de que seria possível combater a desigualdade social sem confrontar privilégios.

Nosso regime político revelou, mais uma vez, que existe uma trava no sistema no momento em que determinados grupos de interesse se veem descontentes, não hesitam em mudar as regras do jogo. Neste livro, Luis Felipe Miguel analisa como em tão curto prazo ruíram as conquistas democráticas pós-ditadura e discute possíveis caminhos para a urgente reorganização da resistência popular.


Curso online O Colapso da Democracia no Brasil

Em agosto 2021, completam-se 5 anos do golpe de Estado que tirou Dilma Rousseff da presidência do Brasil. Do impeachment até o governo Bolsonaro, o país afundou numa combinação de crises sem precedentes, ampliando o abismo social entre ricos e pobres e tornando o Brasil o centro da pandemia no mundo.

É para debater esse importante cenário e seus desafios que lançamos hoje o curso “O Colapso da Democracia no Brasil: 5 anos do golpe”! Serão três aulas, com exposição de Luis Felipe Miguel, autor da obra “O Colapso da Democracia no Brasil”, lançado pela Coleção Emergências.


Autoritarismo contra a universidade

O que levou o governo a privilegiar como uma das primeiras arenas de conflito a educação, a ciência e a cultura?

Em “Autoritarismo contra a universidade”, Roberto Leher enfrenta os principais dilemas presentes na conexão entre o capitalismo dependente, o bloco no poder e a educação. Neste livro, o autor estabelece as contextualizações e mediações necessárias para se compreender as transformações do padrão de exploração do capitalismo dependente e as consequências disso no sentido do esvaziamento científico das instituições públicas do conhecimento.

Roberto Leher recupera o histórico da estruturação do ensino superior brasileiro e da análise do cenário da atual mercantilização da educação impulsionada por fundos de investimento. Além disso, também aponta possíveis estratégias de resistência na defesa da educação pública.


Curso online Autoritarismo contra a Universidade

Nos dias 29 de setembro e 06 e 13 de outubro, às 19H30, a Editora Expressão Popular, em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo, realiza o curso Autoritarismo contra a Universidade: o desafio de popularizar a defesa da educação pública.


Comunicações em tempos de crise

O uso informações falsas, as fake news, por meio das redes sociais influenciaram nas eleições de políticos ultraconservadores em difersos países. Este é o tema em discussão do livro “Comunicações em Tempos de Crise – economia e política”, da jornalista Helena Martins.

A partir da concepção de hegemonia e contra-hegemonia política de Antonio Gramsci, a autora demonstra que há um forte controle midiático do debate de ideias.

“Comunicações em Tempos de Crise – economia e política” é uma obra atual, voltada para todos aqueles que desejam refletir sobre as alternativas para uma comunicação democrática.


Curso online Comunicações em tempos de crise

Nos dias 3, 10 e 17 de novembro, às 19:30h, a Editora Expressão Popular, em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo, realiza o curso Comunicações em tempos de crise, baseado em livro homônimo escrito por Helena Martins, parte da Coleção Emergências. A formação será virtual e gratuita, transmitida pelas redes sociais da Editora Expressão Popular, Fundação Rosa Luxemburgo e Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST)


Quando vier o silêncio

Por que as grandes mineradoras têm causado tantos problemas para a população brasileira? Essa é uma das questões em debate no livro “Quando vier o silêncio”, de Charles Trocate e Tádzio Peters Coelho.

O debate proposto no livro reflete sobre a construção de novas alternativas para a organização da mineração no Brasil. Eles propõem novas formas de pensar, construir e um programa popular na mineração.

Para tanto, Trocate e Peters analisam a especificidade da mineração brasileira inserida no mercado global de minerais, bem como seus efeitos e influências sobre as regiões de mineração. Com o objetivo de chegar a um público mais amplo, este livro serve como guia introdutório no debate sobre a mineração.


A tragédia e a farsa

O tema deste livro é a velha direita que domina, cria hegemonia e se transforma em “nova direita”, organizada em torno de aparelhos de ação política e ideológica. 

O livro permite ao leitor compreender que a dominação burguesa não se mantém apenas por herança política. Ela é, sim, fruto de extensa e dedicada organização dos aparelhos de hegemonia privados, das classes dominantes.

Ao fim e ao cabo restará uma certeza, há uma nova forma de dominação e parcelas da velha burguesia se renovam, ou são atropeladas pelo novo que busca mesmo é implantar o velho: a dominação, o enxugamento de direitos, a garantia do lucro acima de tudo.


Horizontes amazônicos

Este livro fala a partir de uma região, a Amazônia, que tem grande implicação e relevância para os destinos da vida no planeta que, atualmente, se vê ameaçado por um sistema histórico de morte, destruição e adoecimento: o capitalismo e sua tecnociência, o capitalismo e sua colonialidade. A Amazônia, por seu lado, nos oferece outros horizontes de sentido a essas histórias de destruição e geografias de colapso.

Se a floresta tem, pelo menos, 13 mil anos e a região é ocupada há 19 mil anos, um dos pontos de partida deste livro é a certeza de que a diversidade ecológica e biocultural da Amazônia, tão fundamental à vida no planeta, é o resultado de milênios de um sentir-pensar com a floresta dos amazônidas; com seus saberes de coletar, pescar, caçar, praticar agricultura, habitar, proteger, curar, cozinhar, comer e conviver. Esses saberes se conectam a uma dinâmica metabólica em que um hectare de floresta produz de 40 a 70 toneladas de biomassa por ano, o que não se alcança com nenhuma monocultura, e foi um trunfo para múltiplos povos exercerem sua liberdade em um espaço cuja diversidade de espécies em um hectare é maior do que em toda a região de clima temperado do planeta.


Curso online Horizontes amazônicos

Qual a relação entre o avanço da destruição da Amazônia, pilhagem e estado de exceção?
Que alternativas os povos amazônidas podem apresentar ao colapso civilizacional que vivemos?

Essas são algumas das perguntas que os autores do livro Horizontes amazônicos, da Coleção Emergências, vão discutir no curso que marca o lançamento desta obra na Semana Mundial do Meio Ambiente. Trata-se de uma produção fundamental para refletirmos sobre colonialidade, capitalismo e avanço da destruição de formas de vida milenares.


Ninguém regula a América

Quando o século XX estava terminando, apenas 20 anos atrás, tudo indicava que os próximos anos seriam de supremacia política, econômica, cultural e militar dos EUA. Não à toa, o historiador estadunidense Francis Fukuyama celebrou o “fim da história” (Fukuyama, 1992): a União Soviética, polo oposto na Guerra Fria, fora dissolvida; o capital financeiro, sediado em Wall Street, era o centro dinâmico do capitalismo, e sua versão política, o neoliberalismo, era largamente adotado por países periféricos, em especial na América Latina. Seguindo, em teoria, as orientações de organismos multilaterais, mas sob a direção de Washington – como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial –, empresas estatais e restrições à exploração da natureza foram transformadas em oportunidades de lucros para empresas do centro do capitalismo. Culturalmente, todo o mundo almejava o American way of life. Militarmente, a hegemonia em termos de equipamentos e tecnologia estadunidense era inconteste, e o país reformulava sua estratégia militar para lidar com o que ele mesmo propunha como “novas ameaças”


Curso online Ninguém regula a América

A formação é o módulo II do Curso Emergências, organizado pela Editora Expressão Popular e Fundação Rosa Luxemburgo a partir dos livros da Coleção Emergências, publicados também pela editora em parceria com a Fundação. O módulo anterior, realizado em junho, foi sobre o avanço da destruição da região amazônica, o impacto da pilhagem na Amazônia e alternativas para os povos amazônicos. A proposta é que o curso tenha 6 módulos, 1 por mês, em que cada um terá como tema uma das obras da Série. Cada módulo terá 3 aulas que ocorrerão semanalmente ao longo do mês.


O Brasil fora do armário

O livro contribui para a reflexão, sob perspectiva marxista, sobre os principais desafios enfrentados pelas mulheres e LGBT+s, suas principais conquistas e projetos de futuro no que se refere à construção e efetivação da igualdade de direitos. Os autores partem da recuperação histórica sobre sexualidade e gênero no mundo e no Brasil para, na sequência, situar, pela perspectiva dos movimentos sociais, alguns elementos centrais da luta. Com esta panorâmica, é possível perceber os diversos caminhos para o reconhecimento destas pautas pelo conjunto dos brasileiros interessados no fim das desigualdades, superando o identitarismo e também o preconceito em relação ao que se denomina pauta identitária. Uma obra fundamental para qualificar o debate sobre gênero e sexualidade na luta geral pela emancipação humana, voltada para mulheres e LGBT+s, pesquisadores, militantes populares, estudantes, professores, e sociedade brasileira de forma geral.


República de Segurança Nacional

A proposta deste livro é oferecer uma interpretação histórica dos militares na política com base na ‘Doutrina de Segurança Nacional’ da Escola Superior de Guerra brasileira (ESG). Produzida ao longo do século 20 e atualizada até hoje, essa doutrina oferece um pensamento político oficial dos militares no Brasil. Partindo de seus termos, é possível traçar algumas hipóteses sobre a atual ocupação militar da política.


Conheça a biblioteca digital da Fundação Rosa Luxemburgo.